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26/11/2011

Boletim da Secretaria Contra Opressões

A Rebelião de Stonewall

Combater a homofobia no ambiente escolar
A homofobia não é um fenômeno novo, mas ela se intensifica na sociedade capitalista, pois divide a classe trabalhadora e a enfraquece na luta contra os patrões. Neste sentido, combatê-la não é tarefa apenas dos LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), mas do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras, afinal, juntos nos fortalecemos e ganhamos força para lutar e derrotar a exploração que se dá em nossos locais de trabalho.
A escola é um espaço social, portanto, acaba por reproduzir as ideologias criadas, divulgadas e defendidas pelos setores dominantes. Neste sentido, acaba-se também por reproduzir em seu interior as opressões como o machismo, o racismo e a homofobia.
Diversos estudos comprovam que a escola está diretamente envolvida nesta realidade. Em 2004 a UNESCO publicou duas pesquisas referentes a Educação, Ciência e Cultura. A primeira foi realizada em todos os Estados brasileiros e revelou que 59,7% dos professores julgam ser inadmissível que uma pessoa tenha relações sexuais homossexuais. Revelou ainda que 44,9% dos estudantes não gostariam de ter colegas de classe homossexuais e mais de 35% dos pais declararam não permitir que seus filhos fossem amigos de homossexuais.
Durante a Parada do Orgulho LGBT da cidade do Rio de Janeiro no ano de 2005, 41% dos entrevistados declararam ter sido vitimas de atos homofóbicos na escola. Dos entrevistados na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 2005, 32,6% identificaram a escola e as universidades como espaços de marginalização e exclusão de LGBTs. Também se constatou que cerca de 32,7% dos entrevistados já sofreram discriminação por parte de professores. No mesmo ano, na 8ª Parada de Belo Horizonte, a escola figurou como a instituição com maior freqüência de manifestações homofóbicas, 24,5% declararam sofrer ali freqüentes ou eventuais discriminações por parte de alunos e professores.
Dentro do setor LGBT, aqueles que sofrem maior dificuldade para freqüentar a escola são os/as Travestis, Transexuais e Transgêneros que pressionadas, pressionados, pelo forte preconceito presente no espaço escolar, acabam por abandoná-lo e sem formação, ainda que mínima, acabam caindo no emprego informal e muitas vezes na prostituição.
Diante dessa dura realidade, faz-se necessário, em primeiro lugar, investir na formação de professores e professoras para que os mesmos possam tomar conhecimento do tema da diversidade sexual e promover, a partir disso, ações de combate a homofobia. Muitas vezes nos vemos em situações de conflitos motivados por questões de orientação sexual e identidade de gênero e por vezes não sabemos como lidar com isso por desconhecermos o tema. Tema este que é uma realidade presente em nossas salas de aula e que não podemos mais ignorar, muito menos colaborar para que se perpetue a discriminação no espaço escolar.
Neste sentido, o Kit Anti-Homofobia, organizado pelo MEC, apesar de todos os seus problemas, seria uma alternativa no sentido de auxiliar alunos e professores no enfrentamento contra a homofobia no espaço escolar. No entanto, a presidente Dilma Rousseff, pressionada pela bancada evangélica e reacionária, que afirmou abrir uma CPI para investigar as acusações de corrupção envolvendo Palcci caso ela sancionasse o material, optou por vetar o Kit sem ao menos conhecer seu conteúdo.
Não apenas o governo federal, mas também Alckmim e Almeida não estão do lado dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTs que dependem exclusivamente da escola pública, pois preferem calar-se diante de dados tão cruéis.
Não apenas a formação nos capacitará para colocarmos fim as opressões. É preciso organizar a luta num sentido mais amplo, pois como dissemos anteriormente, as opressões são pilares de sustentação do capitalismo, pois nos divide e nos enfraquece diante dos patrões. Portanto, é preciso, além da formação, nos organizar para construirmos um outro modelo de sociedade.
Venha conhecer o PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.
O PSTU possui uma Secretaria Nacional de LGBTs desde sua fundação, em 1994. Em Guarulhos, nossa regional também possui uma Secretaria Contra Opressões que trata de debater e organizar as trabalhadoras e trabalhadores negros, negras, mulheres e LGBTs por meio de um programa classista, combativo e independente de governos e de patrões.
Para nós, a luta contra as opressões, o machismo, o racismo e a homofobia é uma luta do conjunto da classe trabalhadora. Também acreditamos que o fim de todas essas opressões só possível com um novo modelo de sociedade; uma sociedade socialista, ou seja, uma sociedade que não se sustente sobre a exploração humana.
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